Fui à Bienal – Parte 1

Andei sumido, não é? Nesse tempo eu fui três vezes à Bienal do Livro e também tive muita coisa para estudar, tinha prova na escola. Não deu tempo de escrever no blog. Meu pai me deixou ir essas três vezes à Bienal com uma condição: que eu estudasse bastante para as provas e não ficasse muito tempo na internet. Durante a Bienal eu ouvi a entrevista de uma escritora (eu vi um monte de entrevistas e depois vou contar mais), o nome dela é Miriam Portela, ela escreveu um livro sobre Bullying e lançou quatro livros infantis. Ela disse na entrevista que as crianças estão pedindo e precisando de limites. Eu não sei se eu pedi, mas acho que foi isso que o meu pai me deu: limite. Mas eu acho que foi bom, eu estudei, fui bem nas provas e ainda ganhei três dias de passeio na Bienal do Livro.

Como eu disse no outro post, eu fui à Bienal com o pessoal da Sintaxe. Vi um monte de livros, conheci e conversei com muitos escritores, assisti a quatro palestras e ainda “acompanhei” umas entrevistas. O pessoal da Sintaxe estava trabalhando para umas editoras lá na Bienal. Eles ficavam na sala de imprensa recebendo os jornalistas que chegavam para visitar a feira. Dependendo do assunto que o jornalista procurava, eles ofereciam os livros das editoras ou os autores para serem entrevistados. Eles também saiam pela Bienal “oferecendo pauta” para as rádios que tinham estúdios lá na feira ou para as tevês que queriam entrevistar os escritores. Nos três dias que eu estive lá teve um monte de entrevistas. Às vezes duas no mesmo horário. Teve uma vez que eles estavam correndo tanto, que me deixaram no Salão de Ideias para assistir a uma palestra. Eles disseram: fica aí quietinho, Heitor, que daqui a uma hora a gente vem te buscar. E eu fiquei lá. Nem era uma palestra para crianças. Eram dois escritores, Milton Hatoum e Marçal Aquino falando sobre “a imagem da literatura brasileira no exterior”. Mas eu gostei.

O Milton Hatoum disse que teve muita sorte como escritor e que em poucos meses o seu primeiro romance já tinha sido traduzido para diversas línguas. O Marçal Aquino, ao contrário do Milton, disse que teve que “ralar muito” até fazer sucesso como escritor. Eles também falaram sobre as suas “motivações para escrever”. O Milton falou que ele sempre escreve sobre alguma questão que o “inquieta”. “As histórias dos meus livros sempre estão ligadas a minha vida”. Ele disse que o importante é a memória e que ele não saberia escrever sobre alguma coisa que está longe da sua vida. O Marçal contou que muitas vezes não sabe nada do assunto que está escrevendo e que começa a descobrir enquanto escreve. “Algumas coisas eu sei o resto eu quero descobrir escrevendo”. Eu achei muito bacana ouvir dois escritores que por caminhos diferentes chegam à literatura.

Eu assisti a outras palestras mais adequadas a minha idade. Teve uma bem legal chamada “Meus professores fizeram de mim um escritor” com Ruth Rocha, Walcyr Carrasco e Ignácio de Loyola Brandão. Teve outra chamada “Pequenos leitores, grande literatura”, com Katia Canton e Bartolomeu Campos Queirós. E outra que eu não queria perder, com aquele escritor que eu conheci quando eu visitei a editora Biruta, o Jorge Miguel Marinho. Tudo isso eu vou contar nos próximos posts. Vou falar também dos escritores que eu conheci e das entrevistas que eu vi. Tenho muito assunto da Bienal para contar aqui. Espero que desta vez o meu pai não me dê limites, pois agora eu sei que não estou pedindo.

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  1. Oi, Heitor!

    Tanta coisa boa que você viu e ouviu lá na Bienal me deu vontade de ter ido lá junto com você… O jeito vai ser você continuar contando um pouco mais sobre essas conversas e entrevistas para matar minha curiosidade.

    beijos

  2. Oi, Aline. Eu vi você na Bienal, em um estande. A Paula que me disse que era você e até me passou o seu e-mail. Fui até lá, mas quando cheguei você já tinha saído. Tinha muita gente naquele dia.

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