Declaro meu voto para Presidente

Estava com medo, essa onda de ódio tem me assustado um pouco, mas depois de conversar com meus amigos, com meus pais e alguns professores, resolvi declarar meu voto

Declaração de voto

Outro dia o Facebook me lembrou, que uma das fotos que postei e que teve o maior número de comentários naquele ano, foi uma postagem em que eu declarava o meu voto. Apesar de não ter idade para votar, ainda, e continuo não tendo, acompanho a política desde pequeno, faz parte das conversas lá de casa. São sempre conversas francas e democráticas com os meus pais, eles me explicam as coisas mais complicadas, sempre apresentando outras visões, e respeitam as minhas opiniões, mesmo as mais inocentes. Na minha primeira luta política, que foi contra o fechamento da biblioteca do meu bairro, o apoio deles foi muito importante, quem leu o meu livro sabe disso.

Quanto à eleição deste ano, já tenho minha posição firmada, mas andava meio apavorado para assumir publicamente. Meu pai disse que quando começou a fazer política, havia conversas, debates, reuniões, assembleias, tudo para formar e informar a militância, e as campanhas eram para esclarecer o eleitor. Hoje, acontece exatamente o contrário, a propaganda de diversos candidatos, principalmente as das redes sociais, serve para desinformar as pessoas. Com notícias falsas, as fake news, alimentam os preconceitos, criando mais ódio na sociedade.

Um dos candidatos (#EleNão), representa muito bem essa estratégia, patrocinado por empresas, o que é proibido por lei (#EagoraTSE), fez distribuição de mensagens em massa pelo WhatsApp, montando memes, manipulando fotos  e vídeos e inventando mentiras em relação ao seu adversário. Das 50 imagens que mais circularam no primeiro turno, só quatro são verdadeiras.

Durante a sua vida política, ele defendeu a tortura e prestou homenagem ao pior torturador da história do Brasil; disse que as mulheres devem ganhar menos que os homens, porque engravidam; que seus filhos não se casariam com mulher negra, pois foram bem educados, que sonega impostos; que vai metralhar seus adversários políticos; disse também que vai reprimir o ativismo e as manifestações políticas, entre outras barbaridades e, agora, acaba de declarar que ninguém quer saber de jovem com senso crítico. Dói ouvir esses absurdos vindos de qualquer pessoa, quanto mais de quem quer ser presidente da república. E não são fake news, não, essas informações são públicas e algumas até fazem parte do acervo de emissoras oficiais.

Tenho conversado com meus amigos da escola e da rua, felizmente, a maioria pensa como eu, também conversei com os meus pais e alguns professores, e tomei uma decisão: vou tornar público, pelo menos aqui no meu blog, qual seria o meu voto para presidente, se já tivesse idade para votar. Pela democracia, pelo direito de organização e manifestação política, pela liberdade de expressão, e por políticas públicas que protejam e favoreçam a população mais pobre, voto em Fernando Haddad!

Heitor busca formação em mediação de leitura

Nesta semana vou fazer um curso de mediação de leitura na Biblioteca de São Paulo (BSP), na outra, participarei de um evento com leitores, na Biblioteca Monteiro Lobato, em São Bernardo do Campo, e no final do post, anuncio que vou declarar meu voto para presidente da república, no próximo post.

Curso de mediação de leitura

Antes de começar a falar do curso de mediação de leitura que vou fazer nesta semana, quero avisar que o que prometi no post anterior, publicar textos dos primeiros colaboradores do blog, alunos da Luiz Gatti, de Belo Horizonte, vou cumprir logo, só estou esperando a professora Luciana finalizar os comentários.

Workshop Internacional – Mediação: Cultura, Leitura e Território

Já participei de clubes de leitura na Biblioteca de São Paulo (BSP), fui uma espécie de coordenador, eram os clubes de leitura para jovens leitores. Líamos (um grupo de jovens de 11 a 14 anos, incluindo eu) os mesmos livros, pesquisava um pouco sobre a vida e obra do autor e ainda fazia outras leituras de referência. No dia, começava o encontro contando um pouco do que tinha pesquisado e depois abria para o bate-papo, em que todos davam sua opinião sobre o livro. Foi bem bacana! Contei isso aqui no blog, em alguns posts anteriores. Mas nunca me senti muito bem preparado para essa tarefa, sempre achei que precisava ler e estudar mais sobre o assunto, há profissionais que fazem isso, são os mediadores de leitura, não poderia simplesmente me aventurar.

Até que recebi um e-mail do SisEB (Sistema Estadual de Biblioteca Públicas de São Paulo), anunciando um workshop que iriam promover, dizendo que as inscrições estavam abertas e que as vagas eram limitadas, e o melhor, era gratuito. Tinha que mandar um currículo e carta de motivação, uma carta escrita por mim explicando por que eu gostaria de participar do workshop. Mandei!  Contei um pouco dos clubes de leitura que participei e disse que tinha interesse em buscar formação e apoio teórico para fazer mediações de verdade e continuar organizando outros clubes de leitura. Eles me aceitaram, fui selecionado para participar desse curso! VIVA! É o Workshop Internacional  – Mediação: Cultura, Leitura e Território.

“Realizado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, com gestão e execução da SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura, em parceria com o Instituto Emília, o workshop tem como objetivo principal a formação geral e crítica de profissionais para atuar no campo da mediação.” Vai ter aula esta semana toda, de segunda a sexta, o dia todo, acho que vou aprender um monte de coisas!

O universo da biblioteca pública

No próximo dia 30 de outubro vou acompanhar uma palestra do meu amigo, o autor do livro “Os meninos da biblioteca”, na biblioteca Monteiro Lobato, em São Bernardo do Campo. Desde que tivemos uma conversa franca, que reproduzi no post sobre a leitura que fiz do livro “O bibliotecário do Imperador”, romance de Marco Lucchesi (http://blogdoleheitor.sintaxe.com.br/o-bibliotecario-do-imperador-e-uma-conversa-com-o-autor/), não houve mais conflitos na nossa relação, sou o narrador e ele é o autor, e cada um respeita o espaço do outro. Sou livre para organizar meus eventos e muitas vezes, participo dos dele, como será o caso desse encontro, em São Bernardo do Campo. Vamos falar um pouco sobre a importância da biblioteca pública e da luta contra o fechamento da Anne Frank, em São Paulo, que é o tema do nosso livro. Esperamos provocar o interesse de alguns leitores, pois a biblioteca emprestará alguns exemplares no dia do evento e promoverá outro encontro, no dia 09 de novembro, um bate-papo sobre a leitura do livro.

Declaração de voto

Estava com medo, essa onda de ódio tem me assustado um pouco, mas depois de conversar com meus amigos da escola e da rua, com os meus pais e alguns professores, resolvi declarar meu voto. Vou escrever um texto explicando o porquê da minha posição e publicar no próximo post, na terça-feira.