Li um livro do professor Carlos

O livro Histórias da Lua-Cheia em Jogadas Bem-Assombradas do meu amigo escritor e professor de Sala de Leitura Carlos José dos Santos conta como os seres assombrados da mata descobriram a bola e o futebol

Hoje vou falar de um livro do escritor e professor de Sala de Leitura, Carlos José dos Santos. Conheci o professor Carlos, pessoalmente, na Bienal do Livro, ele mora em São José dos Campos, já deixou comentários aqui no blog, e até me mandou uns livros seus de presente. Já contei tudo isso aqui. Nesse nosso encontro na Bienal, ele me deu outro livro dele, Histórias da Lua-Cheia em Jogadas Bem-Assombradas, autografado, e me convidou para ir à sua cidade, conhecer os seus alunos. Já falei com meus pais e eles me deixaram ir. Vou conversar com o professor pra ver se o convite ainda está de pé.

Histórias da Lua-Cheia em Jogadas Bem-Assombradas, escrito por Carlos José dos Santos, com ilustrações de Alison Silva e Emilio Grigoleto, publicado pela Editora VirtualBooks começa com a apresentação e descrição de alguns personagens que participam dessa história. Os Difer-entes (Entes esquisitos): O Curupira, o Lobisomem, o Homem-do-Saco, o Bicho-papão, o Saci-Pererê, e o Pé-de-garrafa. Os Bichanhos (Bichos Estranhos): A Mula-sem-cabeça, o Boitatá, a Mãozinha-preta, o Domingos Pinto Colchão, a Anta-cachorro, e a Onça-boi. E a Personagem Surpresa, a Iara.

Quem conta essa história é a Lua-Cheia, a Guardiã da Noite, pois ficou combinado entre ela, a Terra e os satélites, “que toda vez que o dia 13 de agosto fosse numa sexta-feira, os astros fariam um grande encontro no espaço” e “a Lua-Cheia, grande contadora de histórias, escolheria algum caso curioso e contaria para entreter a todos.” E essa é apenas a primeira história… Histórias da Lua-Cheia será uma série!

“Faltavam quinze minutos para as dezoito horas, quando Garibaldo, o menino que todos chamavam de perneta do time, só de raiva, resolveu dar um bico na bola quando tivesse a chance de tocá-la.” O campinho ficava perto de uma mata, que nos últimos cem anos, jamais alguém entrou, “nem mesmo os mais corajosos e experientes caçadores.” O chute do Garibaldo mandou a bola para o meio da mata, primeiro todos ficaram espantados e depois com raiva.

Naquela hora ninguém teve coragem de entrar na mata para procurar a bola. Voltaram no dia seguinte, mas não encontraram nada, a bola ficou perdida. Na verdade, ela foi encontrada, sim, pelos personagens apresentados no começo do livro e que vivem na mata. No começo eles estranharam aquele objeto, depois, aos poucos, nessa história cheia de imaginação, os seres assombrados da mata foram descobrindo a bola e o futebol.

Carlos José dos Santos é professor, escritor, roteirista, diretor de teatro e poeta. Nasceu em São José dos Campos e aos dez anos, com alguns amigos do 4º ano, escreveu o seu primeiro livro de contos. Os primeiros poemas, fez com doze, “quando me apaixonei pela primeira vez”, ele contou. Formado em Letras, fez curso de especialização em Literatura Infantojuvenil. Também estudou teatro e se especializou em Arteterapia. Tem trabalhos publicados no site “Brincando na rede”, promovido pelo Banco Santander e também tem um blog, o “NetNovela – Novela para ler”.  Além deste Histórias da Lua-cheia em Jogadas Bem-Assombradas, publicou os livros Pérolas, Poemas Maduros e Fases; e participou de diversas antologias de poesia.