Ganhei livro de uma editora e conheci a autora

Hoje estou muito feliz! Acho que estou começando uma nova etapa do meu blog. Vou falar de um livro que eu ganhei de uma editora! Já ganhei livros de outras editoras, mas foram editoras que trabalham com a Sintaxe* ou são amigas dela. Eu gosto muito, mas essas não contam. Elas dão os livros para a Sintaxe divulgar e depois eles me emprestam. Uma vez uma editora até colocou um comentário no blog, dizendo que queria mandar uns livros para mim e perguntou que tipo de literatura eu gostava mais. Eu respondi ao comentário, mandei e-mail, e nada! Minha mãe sempre me diz que “a gente tem que aprender a lidar com as frustrações, que é isso que faz a gente crescer”. Ela até diz uma frase que eu nunca esqueço. – Mesmo quando perdemos, sempre ganhamos alguma coisa, Heitor. Tudo bem, eu compreendo a minha mãe, mas que é chato a pessoa prometer um livro pra gente e não dar. Isso é muito chato!

Bom, mas vamos falar do livro que eu ganhei e da editora que me mandou, e quem sabe essa moda pega. Um dia eu recebi um e-mail da Vany, uma moça muito simpática que trabalha na Editora Estação das Letras e Cores, uma editora especializada em moda e design. Ela disse que gostaria muito que eu comentasse o primeiro livro infantil da editora e que se eu quisesse ler, ela poderia me mandar um exemplar. – Demorô, eu falei, pode mandar, Vany! Ela também disse, que se eu gostasse do livro e quisesse falar com a autora, ela poderia passar o telefone e o e-mail dela. Recebi o livro em casa. Veio pelo correio, com o nome do Blog: “Para o Blog do Le-Heitor”. Foi maior legal! Fiquei muito feliz! Foi o primeiro livro que eu ganhei assim, desse jeito, chegando em casa, pelo correio. Li o livro, gostei muito e fui conhecer a autora. O livro se chama Vestida para espantar gente na rua e a autora é a miki w. (escrito assim, com letras minúsculas). Ela escreveu, ilustrou e fez o projeto gráfico deste livro. A miki também é a personagem que ela criou para contar as suas histórias. A história dela lembra muito a história da minha vida, eu também sou um personagem que gosta de contar histórias. Gostei dessa miki!

Vestida para espantar gente na rua conta a história da miki, uma menina “fininha, esquisita e… inventora”. As pessoas achavam que ela era muito estranha e isso às vezes a deixava muito triste, mas não impedia que ela continuasse a inventar as coisas. Um dia ela estava meio aborrecida e inventou uma brincadeira para ela mesma fazer. A brincadeira tem o nome do livro: vestida para espantar gente na rua. Ela fazia umas roupas muito estranhas, vestia e saia para a rua. Algumas pessoas comentavam: – Será que ela é doida? Outras disfarçavam, mas não conseguiam tirar os olhos dela: – Será que ela é aparecida? Algumas faziam cara de “o mundo está perdido”: – Será que ela é sem-noção? Havia outras que adoravam e pediam para tirar foto: – Será que ela é ET? E ela se divertia com a sua brincadeira. E assim, o tempo passou e a coleção de roupas aumentou. Veio o desespero e ela teve outra idéia. Levou tudo para a garagem de sua casa que estava vazia e colocou uma tabuleta na porta: Clube dos vestidos para espantar gente na rua. Apareceram outros meninos e meninas que gostavam de se vestir de um jeito esquisito, o clube cresceu e a menina inventora percebeu a falta que sentia de compartilhar a vida com os amigos. No final do livro ela diz que “se você topar com um grupo vestido estranho, não se assuste! Ops – quer dizer – se assuste!!!” Pode ser um safári urbano do clubinho. Agora se você quiser participar do clubinho é só entrar no site http://euespantogentenarua.wordpress.com/ e mandar uma foto vestido(a) para espantar gente na rua. Ela autografou o meu livro, tenho mais um para a minha coleção de livros autografados.

A miki é uma inventora! Descendente de japoneses, ela é formada em Desenho Industrial pela FAAP e pós graduada em Styling de Moda pelo Senac. Trabalhou por oito anos como Web Designer e tem experiência em direção de arte e criação, desenvolvimento de metodologia e coaching. Hoje inventa projetos artísticos, lúdicos e educativos em seu ateliê. Eu estive no seu ateliê! Fui conhecer a miki. Tomamos refrigerante e chá, comemos bolo e conversamos bastante. Ela falou do seu trabalho e da sua vida: “Esse livro é uma autobiografia, tudo que tem nele é verdade, menos a garagem do final. As roupas do livro são verdadeiras e estão aí no meu armário” Ela me mostrou. São iguais as do livro e muito bonitas! Uma mais “assustadora” que a outra! rs rs rs Ela também inventou uma coleção de bonecas, as Mikokeshis, parecidas com umas bonecas japonesas chamadas Kokeshis. Elas foram dadas para adoção e tinham até blog.

A Miki e eu

A miki me falou da sua infância na escola. Ela sofreu bullying por ser descendente de japoneses, magra e alta. Chamavam-na por cada nome e diziam que ela era muito esquisita. Um dia ela resolveu assumir: “Já que todo mundo me acha esquisita, eu vou me vestir como esquisita, então”. E foi assim que ela enfrentou o bullying, a gozação dos meninos e meninas da escola e inventou essa brincadeira que está no livro. Eu achei o maior barato esse jeito da miki resolver o seu problema. Foi um pouco parecido com o meu jeito. Na escola também me zoam porque eu gosto de ler. Tenho amigos e gosto deles, mas às vezes quero ficar sozinho num canto lendo um livro. Ganhei um apelido por isso. Os meninos e as meninas me chamam de Leitor ou Lê, ao invés de Heitor. Como a miki, eu também descobri um jeito de resolver o meu problema: inventei um blog!

A miki é muito legal, mesmo! Ela até me emprestou um livro. Disse que é muito bom e que eu vou gostar. Ela adorou e leu mais de uma vez. O livro se chama Nuno 100 novidades. É de um escritor francês chamado Pierre Gripari e tem ilustrações do Odilon Moraes. Vou ler e depois eu conto aqui. Ainda não acabei de ler o livro da Rachel de Queiroz, que eu ganhei no dia em que fui ao sebo com o meu pai. Quando acabar de ler, eu conto também.

*A Sintaxe é a assessoria de imprensa que criou e me deu de presente este blog. Eles cuidam das mudanças e também divulgam.

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  1. Oi, Lê!
    Muito bom; muito bom, mesmo!
    E no final das contas, são os esquisitos que mudam o mundo. Nossa parte consiste em trilhar o caminho do Bem.
    Conte mais!
    Beijo e parabéns! Inclusive por ser um menino que gosta de ler… =)

  2. olá, menino heitor!

    foi um barato ter você aqui no meu ateliê!
    espero que vc tenha gostado da experiência.
    merci pelo lyndo post e volte sempre que quiser trocar ideias e livros 🙂

    beijos, miki

  3. Oi, Ana Lúcia. Já tinha visto o seu blog. Adorei e vou visitar sempre! Agora eu vi que você colocou o link do meu. Legal! Quero fazer isso também no meu blog. Vou pedir para o moço que fez a programação me ajudar.

  4. bom dia le-heitor!
    postei seu blog no facebook de minha netinhaa, a mª giovana, juntamente com o “euespantogentenarua”! tenho certeza que ela vai adorar pois espantar gente é a cara daquela sapeca , nem que seja na rua… rsrs
    a sabedoria de rachel de queiroz contagia tanto os adultos quanto seus jovens leitores!
    achei bacana quando o heitor “quase” leu um kafka!
    que bom ele ter conhecido a obra do grande poeta fernando pessoa! o pessoa percebeu que a vida é simples e colocou isso numa só frase: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”…
    deixo um abraço enquanto aguardamos pelo próximo capítulo!
    saulo

  5. Oi, Saulo. Que bom que você está acompanhando e divulgando o meu blog! Obrigado! Tomara que a Mª Giovana goste do “euespantogentenarua”

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