Fui à Bienal – Parte 2

Já estou aqui de novo. Meu pai não me deu limite e o pessoal da Sintaxe está me pilhando: – Oh, Heitor, você tem que escrever os posts logo, senão as notícias da Bienal vão ficar velhas. Acho que eles têm razão, ainda quero falar de mais três palestras que eu assisti e de todos os escritores que eu vi e conheci. Então vamos lá…

Queria muito ver a palestra da Katia Canton. Uma vez, já faz muito tempo, eu fui ao lançamento de um livro dela. Minha mãe me levou, acho eu que tinha uns sete anos. Era um livro de contos de fadas, do Andersen, recontados pela Kátia. O Hans Christian Andersen é o autor de O Patinho feio, de O valente soldadinho de chumbo, de A pequena vendedora de fósforos, e de tantas outras histórias que lemos, que nossos pais leram, nossos avós e acho que até os nossos bisavós – ele viveu no final do século XIX. 

Quando eu li a programação da Bienal e vi que a Katia Canton e o Bartolomeu Campos Queirós iam falar sobre literatura infantil, eu pensei: – não posso perder essa. A Kátia começou falando que quando era criança, ela era tímida e por isso lia muito. Eu também, quando tinha sete anos e fui ao lançamento dela, eu era tímido, nem consegui falar com ela. Ela também disse que além de ler, ouvia histórias contadas por sua tia Cecília. Katia morava no mesmo prédio da tia. Ela ia até o sétimo andar, tocava a campainha e pedia para a tia lhe contar uma história. Foi aí que começou sua “paixão pelos contos de fadas”.

O Bartolomeu disse que prefere ler a escrever. Quando escreve é “vaidoso”, e quando lê, é “generoso”. Ele também ouvia histórias quando criança. Sua avó juntava todos os netos e sentava no penico para contar histórias. Eu achei muito engraçada essa avó do Bartolomeu, pois ele disse que ela, enquanto contava histórias, usava o penico! Ele foi alfabetizado pelo avô. Seu avô, aposentado, não saía de casa e escrevia nas paredes tudo que acontecia na cidade, e o Bartolomeu lia. O avô uma vez disse a ele que o alfabeto só tem 26 letras e com elas podemos escrever tudo que quisermos. Nesse dia ele ficou procurando alguma coisa que não pudesse escrever com essas letras. E é o que ele faz até hoje.

Eles ainda falaram da escola, da literatura ajudando a ensinar outras matérias, da ilustração e do texto nos livros infantis, e de muitas outras coisas. Não dá para falar tudo aqui, pois eu ainda tenho muita coisa para contar. No final eu fui falar com a Katia – hoje já não sou tão tímido – disse que gostava dos livros dela, falei do meu blog e pedi o seu e-mail para passar o endereço. Espero que ela leia, e goste.

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  1. Oi, Sandra. Sim, era muita coisa! Eu fui três vezes e também não vi tudo. Adorei conhecer você e a Anna Cláudia. Quando voltarem a SP, me avisem.

  2. Obrigado, Mario! Eu também não conheço muito os audiolivros. Mas eu vi bastante coisa lá na Bienal. Tinha até romances, que foram gravados inteirinhos. Boa ideia! Vou ouvir e depois vou postar no blog.

  3. Oi, Katia. Eu que fico honrado com seu comentário no meu blog! Vou avisar você sempre que tiver post novo.

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