Nesta semana o pessoal da Sintaxe me ligou.
– Tudo bem, Heitor?
– Tudo. E vocês?
– Também estamos bem, obrigado. Liguei para pedir que você tenha um pouco de paciência com o clube de leitura.
– Teve algum problema?
– Não exatamente. Falamos com a professora Rose e ela pediu para você esperar mais um pouco para publicar o primeiro post do clube. Os alunos já leram o livro e fizeram as rodas de conversa, mas nesta semana eles estão em provas. É a última semana antes do recesso e não vão ter tempo de colocar os comentários. Ela pediu para você publicar quando voltarem às aulas, depois do recesso. Tudo bem?
– Tudo.
– A professora disse que vai colocar um comentário no blog, explicando tudo direitinho pra você. Tudo bem, mesmo, Heitor?
– Sim. Às vezes eu fico um pouco ansioso. Acho esse nosso clube de leitura o maior legal e queria colocar logo o post para receber os comentários dos alunos da EMEF Itaim A. Não vejo a hora disso acontecer. Mas eu sei que é difícil organizar a leitura de cento e oitenta alunos. A professora Rose está tendo muito trabalho!
– Para lhe consolar, vamos lhe mandar um livro de presente. Se você gostar, pode comentar no blog.
– Oba!!! Qual é o livro?
– O livro é o Pra voar mais alto, da Flávia Côrtes, com ilustrações da Camila Matos. Esse livro tem um projeto gráfico muito bonito e conta uma história bem legal. Acabou de sair pela Editora Biruta. Acho que você vai gostar.
– Legal. Obrigado!
Eu li e gostei muito! Pra voar mais alto conta a história do Quequé, um menino de onze anos, que perdeu o pai e não queria de jeito nenhum aceitar um novo homem na sua casa, o namorado da mãe. Foi uma grande mudança que aconteceu na vida do menino, ele teve que enfrentar a morte do pai e a chegada do padrasto. A história começa com o menino durante uma aula de matemática, refletindo sobre a palavra saudade. Quequé vive sonhando, imaginando e viajando, e sempre que isso acontece o livro apresenta umas páginas com as letras grandes e bem coloridas. A gente logo vê que aquilo é uma viagem do Quequé. Na história, a mãe tenta aproximar o filho do seu namorado, inventa passeios, brincadeiras, jogo de ludo, almoço fora, sorvete, viagem de férias com os três, faz de tudo, mas o menino resiste e não quer aceitar que outro homem ocupe o lugar que era do seu pai. Lendo o livro, em algumas partes, me senti como o Quequé, e tive saudades. Não sei exatamente do quê, mas tive muitas saudades. No texto de apresentação do livro diz que “esta obra agrada tanto crianças, que se identificam com a personagem, quanto adultos, que podem apreciar a narrativa familiar, de tema tão delicado, tecida com inteligência e sensibilidade pela autora, Flavia Côrtes.” Então taí, uma dica para crianças e gente grande!
Flávia Côrtes é carioca e vive no Rio de Janeiro, com marido e duas filhas. Formou-se em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também se especializou em Literatura Infantil e Juvenil. É tradutora e escreve livros para crianças e jovens. Apaixonada pelos livros, aprendeu a ler muito cedo. Aos seis anos começou a escrever e não pretende parar tão cedo.
Camila Matos mora no interior do Espírito Santo, em Cachoeiro de Itapemirim. Sempre gostou de desenhos animados e todo tipo de obra de humor gráfico (charge, caricatura). Até os dezessete anos queria de ser médica, quando descobriu o curso de Design Gráfico, e se formou em 2007. Começou a trabalhar com ilustrações de livros recentemente, e não pretende mais parar.
Primeiro aniversário e Flip
Na semana passada o Blog do Le-Heitor completou um ano de vida. Nesse tempo conheci um monte de escritores, li bastante livros e contei muitas histórias. O reloginho contador dele, lá embaixo, no pé da página, já está marcando mais de doze mil páginas visitadas. São mais de mil páginas por mês! Nesse período, recebi mais de duzentos comentários no blog e um monte de e-mails. Já me disseram que esses números são muito bons. Fiz alguns amigos e tem muita gente me ajudando a divulgar. Ganhei livros de escritores e de editoras. Estamos fazendo o clube de leitura com o apoio de três editoras e soube também que o blog até já virou trabalho em sala de aula. Estou muito feliz! Vou continuar escrevendo e divulgando.
Na próxima quarta-feira vou para a Flip com os meus pais. A Flip é uma festa literária que acontece todo ano na cidade de Paraty. Meus pais já foram lá, mas eu nunca fui. Vou pela primeira vez! Já contei isso aqui no blog. Quero assistir às palestras, conversar com os escritores, ver e fazer um monte de coisa, e depois contar tudo aqui. Aguardem!