Agora que já coloquei as minhas tarefas em ordem – faltei às aulas para ir ao Rio de Janeiro com o pessoal da Sintaxe, visitar o Salão da FNLIJ, como falei no post anterior – já posso escrever aqui e contar como foi a minha viagem. Encontrei tanta gente, fiz novos amigos, vi tantos livros, que nem sabia como contar e por onde começar. Pensei, pensei e decidi: Primeiro vou fazer um resumo de tudo que vi, depois vou ler os livros que eu trouxe de lá e falar deles e dos seus autores, como sempre faço aqui no meu blog. No post de hoje vou fazer o resumo, e no próximo já vou falar de uma ilustradora e escritora, que há muito tempo eu queria conhecer, que lançou dois livros no Salão, que eu já li e adorei. Trouxe um monte de livros do Rio, vou ler todos e contar aqui. Tenho muito assunto para os próximos posts do meu blog!
O Rio e o Salão
Antes da hora combinada, eu já estava no portão de casa, de mala pronta, esperando o pessoal da Sintaxe, pra gente ir ao aeroporto pegar o avião para o Rio de Janeiro. Eles foram pontuais e em pouco tempo já estávamos em Congonhas, e em menos de uma hora, descemos no aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro. O pessoal da Sintaxe tinha razão, é lindo chegar ao Rio de avião! Fiquei na janelinha e vi tudo, de fato, a cidade é maravilhosa!
Assim que saímos do avião, senti o cheiro do mar. Adoro o cheiro do mar! Sempre que sinto esse cheiro, me lembro da primeira vez que vi o mar. Eu era bem pequeno, criancinha mesmo, mas nunca mais me esqueci. Pra mim o mar cheira a felicidade. De lá fomos para o hotel, deixamos a mala no quarto para ir ao Centro de Convenções, onde acontece o Salão. Na saída do hotel o pessoal da Sintaxe encontrou uma amiga deles, que iria se hospedar lá, também.
– Heitor, venha conhecer a Daniela Padilha. Ela é editora da DCL e também veio visitar o Salão. Esta é a Daniela Padilha e este é o Heitor, do Blog do Le-Heitor.
– Oi, Daniela! Já li muitos livros da DCL. A DCL tem um monte de livros legais!
– Oi, Heitor. Que bom que você gosta dos livros da DCL. Eu também gosto muito do seu blog.
Eles combinaram de se encontrar mais tarde no Salão, e nós saímos para pegar o metrô. No caminho, ao lado do hotel, eu vi uma casa muito grande com um jardim enorme, parecendo um palácio. Perguntei e descobri que é um palácio, mesmo! É o Palácio do Catete, onde moravam os presidentes do Brasil, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital, e hoje é o Museu da República. No outro dia ainda fizemos um passeio pelo Catete, caminhamos pelo jardim do Palácio e conhecemos um pouco da casa, tem sala de cinema e um monte de atividades culturais.
Voltando ao primeiro dia, pegamos o metrô, descemos na Estação Estácio, caminhamos um pouco e chegamos ao Salão. Entramos, pegamos a programação – naquele dia ainda não era aberto ao público, a abertura oficial seria às 17 horas – e saímos para almoçar. Na saída encontramos a Otacília, que foi almoçar com a gente. Eu já falei da Otacília aqui no blog, ela é minha amiga e me levou a minha primeira sessão de autógrafos, quando eu comecei a fazer este blog. Hoje ela editora da Planeta e está fazendo um monte de livros legais. Eu trouxe alguns e vou falar deles nos próximos posts.
Assisti a abertura oficial, tinha muita gente na plateia e algumas autoridades na mesa. Teve discurso e umas pessoas falaram sobre a importância da leitura, do livro e contaram a história do Salão da FNLIJ, que acontece há quatorze anos no Rio de Janeiro. Mas o que eu mais gostei de ouvir foi o que contou a Maria Antonieta Cunha, que trabalha para o governo e é secretária do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Ela falou que uma vez o Orígines Lessa (ainda vou falar de algum livro dele aqui) disse a ela que uma criança veio conversar com ele, e falou que tinha acabado de ler um livro seu e que tinha sido o melhor livro que tinha lido em toda sua vida.
O Orígines Lessa ficou curioso e perguntou a criança quantos livros ela já tinha lido na vida, e a criança respondeu: – Um. Esse foi o primeiro. Achei engraçado! Deve ser legal começar a ler pelo melhor livro da vida. Eu, mesmo, já li muitos melhores livros da minha vida e ainda vou ler muito mais. Depois do evento de abertura nós fomos passear no Leblon. Foram alguns escritores, ilustradores, editores, livreiros, e o pessoal da Sintaxe. Tinha gente de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e de Porto Alegre. Comi escondidinho de camarão e tomei suco de abacaxi. Estava muito gostoso! Nos outros dias fizemos outros passeios pelo Rio, mas foi pouco, quero voltar e conhecer mais.
Os escritores e ilustradores do Salão e os seus livros
Na abertura eles disseram que durante o Salão haveria 230 lançamentos de livros, reunindo 230 artistas, entre escritores e ilustradores. Não encontrei todo mundo, é claro, só fiquei no começo da festa, e agora vou falar um pouquinho daqueles que encontrei ou conheci, e depois vou ler os seus livros pra contar mais nos próximos posts.
Encontrei a Lucia Hiratsuka e soube que um livro dela chamado Antes da Chuva foi indicado como “Altamente Recomendável” pela FNLIJ; também encontrei o Caio Riter, ele estava lançando o livro A Filha das Sombras, que conta a história de uma bruxa. Por falar em bruxa, conheci uma de verdade, que é escritora, mora na Alemanha e se chama Regina Drummond. Ela estava lançando uma série de livros chamada Eu, Ana e também tem outro livro dela que eu peguei e que se chama Marcelo descobre a Alemanha.
Encontrei a Anna Cláudia Ramos, ela estava lançando junto com a Sandra Pina o livro Aconteceu na Escola, também peguei outro livro da Sandra Pina que se chama Isso é pra ficar entre nós, que conta a história de uma blogueira e foi escrito de trás pra frente. Também encontrei o Luiz Antonio Aguiar, que estava lançando o livro Internautas, série de contos escritos por diversos autores que falam da influência da internet na vida das pessoas.
Encontrei o Fernando Nuno, ele tem um conto no livro Internautas e estava junto com a Silvana Salerno divulgando a coleção “Correndo o Mundo”, que adapta clássicos da literatura juvenil. O Nuno estava lançando a adaptação de Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne, e a Silvana, Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Encontrei o Adriano Messias, ele estava lançando os livros Era lobisomem, mesmo!; O passeio dos brinquedos; e Que toró!. Fiquei a fim de ler o do lobisomem, gosto das histórias de medo do Adriano.
Encontrei a Rosinha Campos, e fiquei sabendo que a coleção que ela ilustrou, com os poemas de Fernando Pessoa organizados pela Maria Viana, recebeu prêmio da FNLIJ. Encontrei a Socorro Acioli, ela estava lançando o livro Ela tem olhos de céu, que foi escrito como um poema de cordel, igual a outro livro dela, que eu gosto muito chamado Inventário de Segredos. Conheci o Rogério Andrade Barbosa, soube que ele morou dois anos na África e escreveu muitos livros sobre a cultura africana. Ele estava lançando o livro A Tatuagem, que fala do povo Luo, que vive no Quênia, na Tanzânia e em Uganda.
Conheci a Flavia Cortês, já falei de um livro dela aqui no blog, mas ainda não a conhecia pessoalmente. Ela estava lançando o livro Senhora das Névoas, que faz parte da mesma coleção do livro da bruxa do Caio Riter. O da Flávia fala de fada. Conheci o Luiz Raul Machado, ele disse que era redator da Editora Abril, quando escreveu o texto de um livro chamado João Teimoso, lançou na Bienal de 1974 e no dia seguinte acordou escritor. No Salão ele estava lançando o livro Chifre em cabeça de cavalo.
Conheci o Cláudio Fragata, além de escritor, ele também é jornalista e estava lançando o livro Uma história bruxólica. Conheci a Georgina Martins, eu já tinha ouvido falar muito dela. Como eu, ela também adora uma luta política e tem muitas na sua vida. No Salão ela estava lançando o livro Com quem será que eu me pareço? Conheci a Fátima Miguez, ela estava lançando dois livros infantis, A Turma do ABC e As paredes têm ouvidos e nesta semana ela ia lançar outro livro chamado A literatura na leitura da infância.
Vi o ilustrador Rui de Oliveira, ele estava lançando o livro de imagens Quando Maria encontrou João e contou como cria os seus desenhos. Conheci a Sonia Rosa, ela ia lançar os livros Vovó Bentuta, Traços e Tramas, e O menino de olhar apertadinho que enxergava longe. E finalmente, (por dois motivos, porque é a última dessa minha lista, e porque finalmente eu a encontrei) conheci a Aline Abreu. Ela estava lançando dois livros, Que bagunça! e Cheirinho de talco. Já li os dois, adorei e vou falar deles e da Aline – que agora é minha amiga – no próximo post.