Hoje vou falar da primeira sessão de autógrafos que eu fui. Outro dia a Otacília e Paula me convidaram para ir ao lançamento de um livro. Elas são amigas do pessoal da Sintaxe, a assessoria de imprensa que deu este blog pra mim. O livro era o Alice no país das maravilhas, de Lewis Carrol. A escritora Silvana Salerno fez a tradução e recontou essa história, que é muito famosa. A editora que publicou esse livro é a DCL. A Otacília foi editora da DCL, a Paula foi assessora de imprensa e as duas são amigas da Silvana. Elas passaram de carro na minha casa, conversaram com a minha mãe e me levaram pra avenida Paulista. O lançamento foi na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. É uma livraria muito bonita e muito grande. Me disseram que lá, antes era um cinema.
No caminho fomos conversando um monte de coisas. A Otacília me falou sobre o trabalho dela de editora de livros. Ela trabalha com isso há muito tempo. Antes da DCL, ela já tinha trabalhado na Editora Globo, na Larousse, e em muitas outras editoras. A Paula é jornalista. Depois que saiu da DCL, foi estudar inglês no Canadá, voltou de lá, foi trabalhar na Folha e agora está trabalhando numa revista chamada Carta Capital. Perguntei pra elas da Silvana. O que ela fazia? Como era o trabalho dela de escritora? Acho que é bom saber alguma coisa do escritor antes de ir ao lançamento dele. Elas me falaram que a Silvana é casada com o Fernando Nuno, que também é escritor, e os dois tem um estúdio que produz textos para livros. É o Estúdio Sabiá. O trabalho deles é estudar, pesquisar, escrever e ler. Acho que é isso que eu quero fazer quando eu crescer.
Chegamos na livraria e fomos ao caixa comprar os livros. Em dia de lançamento os livros lançados já ficam no caixa. Comprei o livro e a moça perguntou qual era o meu nome. Eu disse Heitor. Ela escreveu meu nome num pedaço de papel e colocou dentro do livro. Eu estranhei aquilo e olhei pra Paula. – Viu, Heitor, ela fez isso para a autora não precisar perguntar o seu nome, na hora de fazer a dedicatória, ela olha o papelzinho e já sabe quem você é. E eu disse – Isso deve ser muito bom pra autor esquecido, que esquece o nome dos amigos. A Paula riu e fomos pra fila de autógrafos. Sempre tem fila? Perguntei pra Otacília. – Nem sempre, Heitor, mas nos lançamentos da Silvana e do Nuno sempre vem muita gente. Olhei em volta e só tinha adultos, ninguém da minha idade.
Chegou a nossa vez na fila. Quando a Silvana viu a Otacília e a Paula, ela pronunciou o nome delas em voz alta e deu um abraço forte e carinhoso nas duas. Elas se conhecem há bastante tempo e parece que se gostam muito. A Silvana olhou pra mim e perguntou pra elas. Quem é esse menino bonito? – É o Heitor, ele gosta muito de ler e esta é a sua primeira sessão de autógrafos. A Silvana estava com um chapéu enorme, fantasiada de Chapeleiro Maluco, que é um personagem do livro Alice no país das maravilhas. Você conhece a Alice? A Silvana me perguntou. Conheço, mas ainda não li o livro. E você vai ler? Sim, claro que vou. – Eu fiz a tradução e recontei a história do escritor inglês Lewis Carrol, que é o autor de Alice. No livro, eu também conto um pouco da vida dele. Acho que você vai gostar.
Ela pegou o meu livro, abriu, tirou o papelzinho com o meu nome – ela nem precisou dele, já sabia quem eu era – e fez uma dedicatória para mim. Depois ela passou o meu livro para a Cris Eich, que é ilustradora e fez os desenhos desse livro. A Cris também fez uma dedicatória para mim (fiz as fotos do livro que estão neste post com o meu celular). Pena que eu não pude conversar com a Cris. Queria saber mais sobre o trabalho do ilustrador de livros. Um dia quero conhecer um ilustrador. Vou pedir para as minhas amigas (agora já são minhas amigas, também) Otacília e Paula me apresentarem um.
Uns dias depois do lançamento eu li o livro, mas não vou contar a história dele. Todos sabem um pouco dessa história. O bacana é ler e viajar com Alice no país das maravilhas. Eu, por exemplo, depois de ler o livro, percebi que no lançamento eu me senti um pouco Alice. Um menino tentando crescer para estar no mundo dos adultos. Mas, assim como Alice, eu gostei muito de estar lá.