Minha segunda Bienal

Na outra semana fui à Bienal do Livro e só hoje vou contar um pouco do que vi por lá. Como disse no post anterior, estava ocupado e preocupado com um projeto bem legal, que estou fazendo para o blog, junto com o pessoal da Sintaxe. A minha parte terminei, agora é com eles, que já fizeram alguns contatos e me disseram que “o nosso projeto teve boa aceitação”. Não vejo a hora de dar certo e poder contar tudo! Não é um projeto para o blog, exatamente, ele vai além do blog, mas nasceu aqui, a partir das histórias que já contei. Só posso dizer isso, estou proibido de falar mais alguma coisa. “Nesse mercado, os negócios têm que ser tratados com muito cuidado e sigilo”, foi o que eles me explicaram! Vou obedecer… Afinal, eles sabem o fazem.

Fui a essa Bienal com o pessoal da Sintaxe, duas vezes. Eles trabalharam na feira, me levaram e me largaram lá. Eu me virei bem, já conheço o esquema e me sinto em casa. Minha amiga, a escritora Luciana Savaget, que mora no Rio de Janeiro, me disse que já faço parte da turma… Fiquei feliz com o comentário dela! Encontrei a Luciana na Bienal, e também outros amigos escritores, ilustradores, editores e muitos leitores. Amigos de quem já falei muito aqui no blog. Das outras vezes que fui a essas feiras, fiz uma lista de todas as pessoas que encontrei. Desta vez vou fazer diferente, só vou falar de algumas coisas que me chamaram a atenção e de algumas pessoas que conheci. E depois de ler os livros que trouxe de lá, vou falar deles nos próximos posts.

De personagem para personagem

Encontrei a Marilu na Bienal, ela é assessora de imprensa da Editora Cortez, tem um blog que se chama “Primeiro Capítulo” e é editora da Revista ANL. Sempre que sai um livro que ela acha que vou gostar, ela me manda. Desta vez ela me deu o livro As Casas, de Fábio Supérbi, Juliana Notari e Marcelo Maluf, publicado pela Cortez. Na Bienal, os autores deste livro estavam apresentando uma peça de teatro de bonecos. Eu assisti e conheci os dois personagens dessa história, que autografaram o livro pra mim. É a primeira vez que ganho um livro autografado pelos personagens! Eles me disseram que também foi a primeira vez que eles autografaram um livro. Já conheci outros personagens de livros e um dia ainda vou contar essas histórias pra vocês, mas a história dos meus amigos João Redondo e Antônio Quadrado, do livro As Casas vou contar já no próximo post.

Escritoras meio brasileiras e meio francesas

Assisti a uma palestra com a escritora Pauline Auphen. De pai francês e mãe brasileira, ela nasceu no Rio de Janeiro, mas com um ano já se mudou com toda a família para França. Só voltou ao Brasil com onze anos de idade, veio passear, e depois veio morar em São Paulo, quando tinha treze. Hoje ela mora na França, mas sempre vem pra cá. Ela escreveu um livro sobre o seu retorno ao Brasil, esse livro faz parte da Coleção Memória e História, da Companhia das Letrinhas e se chama Do outro Lado do Atlântico. Comprei o livro e peguei um autógrafo dela. Disse a ela que gosto muito desse tipo de história. Ela me falou para eu dizer o que achei do livro, depois de ler. Peguei o e-mail dela! Vou ler o livro, contar aqui e depois mandar um e-mail pra Pauline.

Conheci outra escritora meio brasileira e meio francesa, que também é ilustradora e se chama Maté. Ela estava lançando o livro Águas Encantadas, publicado pela Editora Noovha América. Ao contrário de Pauline, a Maté nasceu na França e hoje mora no Brasil. Na década de 1980 ela veio passar férias em Paraty, e acabou ficando por aqui. Também já tenho o livro autografado por ela. Vou ler e depois vou contar aqui no blog. Vou falar da Maté, do Águas Encantadas e de outros livros dela.

Briga de escritores

Estava passeando pela Bienal e vi o Antônio Prata. Eu conheço o Antônio Prata e já falei dele aqui no blog. Na Bienal, ele estava em um debate com outros dois escritores, o Fabrício Carpinejar e o Ricardo Lísias. Um debate que quase vira briga! O Fabrício Carpinejar já é um escritor famoso e o Ricardo Lísias está, junto com o Antônio Prata, entre os 20 melhores jovens escritores brasileiros escolhidos pela revista inglesa Granta. Fiquei sabendo dessas coisas lá na Bienal! A quase briga foi entre o Ricardo e o Fabrício. O Ricardo disse que o texto vale mais do que a presença física do autor. O Fabrício estava com roupas e óculos coloridos e as unhas pintadas de amarelo. O Ricardo disse que ele parecia um palhaço vestido daquele jeito, e o Fabrício respondeu, dizendo ao Ricardo que ele estava sendo preconceituoso. O Antônio conseguiu controlar os ânimos, mas esse clima de quase briga foi até o final do debate, com o Ricardo discordando do Fabrício e vice-versa. Foi engraçado, descobri que escritor é muito vaidoso, cada um ao seu jeito, e às vezes brigam feito crianças.

O Pote mágico do Ferréz e as bolinhas de gude do avô do Loyola

Assisti a um debate com o Ferréz, o Sergio Vaz e o Paulo Lins. O Ferréz vai lançar um livro infantojuvenil que se chama O Pote Mágico. A minha amiga Otacília me deu o livro e me apresentou a ele. Já tinha trocado uns e-mails com o Ferréz por causa do lançamento desse livro, que vai ser numa ONG do Capão Redondo. No e-mail que eu mandei pra ele, passei o link do meu blog, ele viu e quando me encontrou disse que o meu blog é a “maior viagem”. Fiquei muito feliz com o comentário do Ferréz. Ele gostou do meu blog! Vou pedir para a Otacília não se esquecer de me avisar desse lançamento. Não quero perder! Vou lá e depois vou contar tudo aqui.

Também assisti a um debate com o Ignácio de Loyola Brandão e o Ivan Ângelo. Já conhecia o Loyola. Na Flip do ano passado ele disse que estava escrevendo um livro para pedir desculpas ao seu avô, que já morreu há muito tempo. Ele roubou e perdeu umas bolinhas de gude, que o avô guardava dentro de uma caixa de madeira e que eram muito importantes para ele. Fiquei curioso para ler esse livro! No final do debate fui perguntar se ele já tinha lançado o livro sobre as bolinhas de gude do avô. Ele disse que ainda não, que fez três versões até chegar à versão que essa história merecia, mas que agora estava pronto e até já tinha editora, a Moderna. No final da conversa ele sorriu e agradeceu “o meu interesse”. Saí feliz de lá!

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  1. Ei, Heitor!
    Adorei saber das coisas que você viu lá na Bienal. Eu te vi por lá, mas foi muito rápido! Quando me virei pra te procurar… já era. Você estava metido em alguma montanha de livros e te perdi de vista. Estou curiosa pra saber das leituras interessantes que você troxe de lá. O blog continua uma delícia de ler. Parabéns.

  2. Obrigado, Aline! Eu também te vi no estande da Planeta, mas depois te perdi. É tanta gente…
    Estou com saudades!

  3. hahaha! ‘escritor é muito vaidoso’…
    é verdade!
    também, um escritor tem idéias para criar histórias tão mirabolantes…
    e isso requer bastante arte e técnica pra transpo-las pro papel!
    ser um bom escritor não é pra qualquer um…
    abraço heitor!

  4. Olá, Heitor,
    Já leu o meu livro? Estou ansiosa para conhecer a sua opinião a respeito. Afinal, o livro só existe através do leitor. Escrevi um post sobre o lançamento na Bienal de “Águas Encantadas” e sobre o que me motivou a escrevê-lo. Eis o link:
    http://caleidoscopiodamateh.blogspot.com.br/
    Que pena que você não aparece em nenhuma das fotos… Por que será?
    Um grande abraço,
    Maté.

  5. Oi, Maté.
    Sim, já li o seu livro, adorei e vou falar dele nos próximos posts. Também li o seu blog… não gosto de aparecer em fotos, só mostro minha cara aqui, mesmo.

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