Ganhei livros de duas escritoras

Nosso clube de leitura

No post anterior eu disse que não estava mais feliz com o nosso clube de leitura, mas a tristeza já passou e eu estou feliz de novo, muito feliz. O nosso clube está dando super certo. Uns quarenta alunos já comentaram, a professora Rose comentou e até a Lia Zatz, a autora do livro que a gente leu, deixou o seu comentário também. Está demais! Vocês precisam ver. Tá tudo lá no post “Lia Zatz no Clube de Leitura”. Agora eu preciso falar com a professora pra saber se mais algum aluno vai comentar. Quero sortear os brindes entre todos os alunos que comentaram. Desta vez os brindes serão um kit de material escolar da Faber-Castell, um kit de livros da Rosana Rios e um livro da Eliana Sá, que a empresa e as autoras doaram para sortear no clube e eu já falei disso aqui no blog. Também quero combinar com o pessoal da Sintaxe e com a professora qual vai ser o próximo livro que a gente vai ler. Nosso clube não pode parar.

O Pequeno Leitor

Na semana passada o pessoal da Sintaxe me ligou. Eles vivem me ligando, mas eu gosto, sempre tem novidade e dessa vez foi uma bem legal.

– Oi, Heitor. O que você vai fazer no sábado?

– Eu? Nada. Por quê?

– Fomos convidados para a apresentação de um site.

– É mesmo? Que site?

– O Pequeno Leitor. Aquele site que saiu na revista, quando saiu matéria do seu blog.

– Eu conheço o Pequeno Leitor. Que legal! Vamos conhecer a Stela e o Gabriel!

– A Stela disse que faz questão da sua presença.

– A Stela é legal! Ela deixou comentário no blog, eu também coloquei comentário no blog dela. Onde vai ser?

– Na casa do Saber, aí perto da sua casa. Avisa sua mãe. Vamos passar pra te pegar às 10.

– Beleza! Tá combinado.

Foi maior legal a apresentação de O Pequeno Leitor. Chegamos e fomos conhecer a Stela e o Gabriel. Ela disse que estava muito feliz com a nossa presença. A gente também estava feliz! É tão bom conhecer pessoas que gostam da mesma coisa que a gente gosta! A Stela falou, mostrou o site e depois ainda teve a contação de uma história bem bacana. A história contada é da Stela e se chama Dudu e a caixa. Esta história está num livrinho que eu ganhei de presente na saída, ele é bem bonito e tem ilustrações de Renato Moriconi.

O Pequeno Leitor (http://www.opequenoleitor.com.br/) é um site para incentivar o interesse pela leitura nas crianças de 5 a 8 anos. Tem histórias com ilustrações, livrinhos virtuais, poemas, brincadeiras rimadas e até piadinhas. Tem um monte de histórias criadas pela Stela. Cada história legal! O Gabriel também sabe criar histórias. Lá na festa ele veio mostrar pra gente uma que ele tinha acabado de inventar, com ilustrações e tudo. Era a história de um menino que virou craque de futebol e foi jogar no Santos e no Milan. Ele é santista e também torce para o Milan. Acho que ele quis escrever uma autobiografia. No site tem também alguns espaços pra gente criar as nossas histórias. A Stela disse que já tem mais de mil e duzentas histórias criadas.

Para participar é preciso se cadastrar, mas o cadastro é bem legal. A gente cria um personagem, escolhe o cabelo, os olhos, a boca, e alguns acessórios, e depois escolhe um amigo imaginário, que vai dar as dicas e as ideias pra gente viajar no site. Depois é só salvar e escrever o nosso nome e o e-mail do adulto que vai autorizar a nossa participação no site. As histórias são bem legais e a gente ainda aprende umas palavras novas. Aparecem umas palavras mais difíceis que a gente pode clicar nela, descobrir o que é e jogar para o nosso baú de palavras. No final da história tem um teste e os pontos ganhos a gente pode trocar por tranqueiras virtuais. O Pequeno Leitor é bem legal! Vocês precisam ver. A Stela é redatora publicitária desde 1991 e se dedica a projetos infantis desde que nasceu o seu filho Gabriel, que também ajuda a cuidar do site.

Ganhei livros de duas escritoras

Hoje eu vou falar de dois livros que eu ganhei de duas escritoras na FELIT. Essa FELIT rendeu bastante coisa boa, ganhei livros, conheci e encontrei muitos escritores e ilustradores, e descobri que depois que eu comecei a fazer esse blog, conheci tanta gente legal. E quero conhecer mais.

O primeiro livro que eu vou falar é da Ieda de Oliveira. Eu não conhecia a Ieda, quem me apresentou a ela foi o pessoal da Sintaxe. Quando encontramos a Ieda ela estava atrasada, com hora marcada para voltar para o Rio de Janeiro.

– Esse é o Heitor, Ieda, do blog do Le-Heitor. Você conhece o blog dele?

– Sim, claro que eu conheço o blog do Le-Heitor. Muito prazer, Heitor!

A Ieda estava com um livro dela na mão e me deu de presente.

– Este é pra você.

– Oba! Obrigado.

Ela estava com pressa, nem deu tempo de pegar um autógrafo dela. Eu adoro pegar autógrafo dos escritores para colocar na minha coleção de livros autografados.

O livro que ela me deu, eu já li e gostei é O Leão e o Macaco. Este livro foi publicado pela Editora Larousse Júnior e tem ilustrações do Maurício Veneza, que também estava na FELIT, mas nem deu tempo de conversar com ele. Vou contar agora um pouco da história deste livro. Ele começa assim: “Dizem que há muitos anos morava na floresta um leão chamado Sourrei muito esquisito e mandão, mas que não era de todo mal. Implicava com um, com outro, queria saber da vida de todo mundo e fazia questão de ser chamado de majestade. Um dia, sem ninguém saber porquê, ele disse que ia viajar e que em breve voltaria com muitas novidades. Todo mundo ficou se perguntando quais seriam essas tais novidades, mas ninguém ousou perguntar.”  Depois de um tempo sumido o leão volta para a floresta com a juba pintada de vermelho ao lado de duas girafas gêmeas, que ele disse que eram as suas cabeleireiras e que iam cuidar da sua beleza daqui pra frente. Os bichos da floresta se esforçaram para não rir na frente daquele leão de cabelão vermelho, tinham medo de serem castigados. Nesse dia o leão determinou que a floresta só seria habitada por animais jovens, e que todos estavam obrigados a pegar os seus parentes velhos, levar para o alto da montanha e deixar por lá. O cabrito leva o bode, a corujinha, a sua mãe coruja e ninguém mais quis fazer festa de aniversário. Até o dia em que o leão Sourrei bateu na casa do macaquinho e disse que estava na hora de ele levar o pai para a montanha. Nesse dia a história da floresta começa a mudar.

Ieda de Oliveira é escritora compositora e professora. Fez pós-doutorado na Universidade de Paris, é doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, mestre em Letras pela PUC-RJ e especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela UFRJ. É professora universitária de Literatura Infantil e Juvenil e Teoria da Literatura e é fundadora e diretora da COLL – Consultoria de Língua Portuguesa e Literatura no Rio de Janeiro. Além de O Macaco e o leão, publicou muitos livros, entre eles O espelho, Bruxa e Fada, O Sapo e o Pássaro, A Cobra e o Sábio, O cheiro da morte e outras histórias, Brasileirinho, A saga de um rei, e muito mais.

O outro livro que eu vou falar é da Anna Claudia Ramos. Ela eu já conhecia desde a Bienal do ano passado, depois eu encontrei com ela na FLIP e agora na FELIT. Todos esses encontros eu contei aqui no blog. Faz tempo que eu estava a fim de falar de um livro dela aqui.

– Anna Claudia, eu quero falar de um livro seu no meu blog.

– Que legal, Heitor! É mesmo?

– Você pode me indicar algum.

– Acho que podia ser o primeiro livro que eu publiquei. Eu relancei por outra editora. O nome dele é Pra onde vão os dias que passam?.

– Que nome legal!

– É a história de uma menina que sai de casa atrás de uma resposta para essa pergunta.

– Já estou gostando da história.

– A menina é um pouco mais velha que você, mas acho que você vai gostar dessa história.

A Anna Claudia me deu o livro de presente com uma dedicatória bem bonita, eu li, já coloquei na minha coleção de livros autografados, e agora vou contar um pouquinho da história dele. Pra onde vão os dias que passam? tem ilustrações de Martha Werneck, foi publicado pela Editora Escrita Fina e conta a história de Mariana, uma menina que gostava de ver o mar antes do dia clarear, ficava sozinha, de costas, olhando por debaixo das pernas, vendo o mar de cabeça pra baixo e imaginando tempestade, navios piratas, pássaros, ventos e furacão. Ela vivia imaginando coisas e sonhando com um mundo diferente. Queria ter fazenda, cavalos, árvores, montanha para escorregar. Mariana sonhava muito e procurava as respostas para um monte de perguntas que ela tinha. Uma delas é o título deste livro. Pra onde vão os dias que passam? Um dia conversando com a sua mãe, ela decide ir para outra cidade, foi morar em São Pedro da Serra. Foi embora à noitinha, os pais e os irmãos não estavam em casa. A despedida tinha sido uma conversa na hora do almoço. – Preciso ir, mãe! Eu tenho que tentar. Nem que seja pra quebrar a cara. – Mas, filha? Não fala mais nada, não, mãe! – Se cuida, Mariana. Telefona sempre que der, tá? E Mariana foi embora. Precisava entender sua natureza. Perder o medo de muita coisa. Aprender a ficar sozinha. Alugou uma casinha dessas de cidade pequena, janela verde, de madeira, igual à porta, verde. Colocou plantas, levou fotos e muitos livros. Agora, o que aconteceu por lá com a Mariana, só lendo o livro, mesmo. A Anna Claudia escreveu na dedicatória que ela fez pra mim, que era para eu quebrar a cabeça descobrindo Pra onde vão os dias que passam? Acho que eu descobri! Aquele dia que a gente se encontrou na FELIT já passou… Sabe onde ele está agora? Guardado na minha memória! Acertei?

Anna Claudia Ramos é escritora e ilustradora, desde pequena tem mania de inventar histórias e passava horas brincando e inventando novos mundos pra morar e viajar. Foi por isso que ela virou escritora, foi a forma que encontrou de nunca parar de brincar. Formada em Letras pela PUC-RJ, fez mestrado na UFRJ em Ciência da Literatura, já foi professora de educação infantil, coordenadora de sala de leitura, fez teatro amador, e é professora de oficinas de criação literária. Além de Pra onde vão os dias que passam?, publicou Não é bem assim a história, A história de Clarice, Apenas diferente, Tempo mágico, tempo de namoros, Sempre por perto, e muito mais.

Notícias da FELIT

Nosso clube de leitura

Querem saber? Eu não estou mais feliz com o nosso clube de leitura. Nove alunos da escola comentaram e os comentários estão lá no post anterior. Gostei muito do que esses alunos escreveram. Eles viram coisas na história que eu não tinha visto. Eu também vi que eles gostaram de ler o livro, de participar do clube e também gostaram do meu blog. Mas eu esperava mais, estava tão animado, achando que todos iam gostar como eu estava gostando. Mais de trinta alunos leram esse livro e só nove comentaram. Será que os outros não querem mais participar do clube e não gostaram de ler e escrever sobre o livro. Estava combinado que todos que leram esse livro iam comentar… Sei lá, fico pensando em tudo isso e fico muito triste. O pessoal da Sintaxe fala para eu ter paciência, que a professora tem mais o que fazer e que ela disse que todos os alunos estão muito animados, gostando de participar do clube e que vão colocar mais comentários. Mas por que não colocam logo, então?

O Salão vem à São Bernardo

Existe um ditado bem famoso que diz o seguinte: “Se Maomé não vai à montanha a montanha vem a Maomé” e foi o que aconteceu comigo nesses dias. O pessoal da Sintaxe vive me falando do Salão da FNLIJ, eles dizem que o salão é isso, que o salão é aquilo e que junta um monte de escritores e ilustradores bacanas, lançando livros e conversando com o público. Esse salão acontece todo ano na cidade do Rio de Janeiro e é promovido pela FNLIJ, que eu já falei dela aqui no blog e que quer dizer Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Eu sempre quis ir ao Salão da FNLIJ no Rio de Janeiro, mas nunca consegui, nunca me levaram. Não é que neste ano o Salão veio aqui pra perto, em São Bernardo e eu pude ir! A prefeitura da cidade fez parceira com a FNLIJ e promoveu a 1ª FELIT – Feira Literária de São Bernardo do Campo. Disseram que essa feira foi igualzinha ao Salão. Como eu nunca fui ao Salão, não posso dizer nada, só posso dizer que a FELIT foi bem legal e hoje eu vou falar um pouco do que eu vi e dos escritores e ilustradores que eu encontrei por lá. Mas mesmo tendo ido à FELIT, que dizem que foi igual, ainda tenho muita vontade de conhecer o Salão, quero ver como é esse lugar de que falam tanto. Também quero aproveitar para conhecer duas montanhas que ficaram por lá e não vieram até Maomé: o Pão de Açúcar e o Corcovado.

O pessoal da Sintaxe foi à FELIT para trabalhar e eu fui junto, passear. Logo que chegamos à feira, eu vi uma autora que eu conheci na Bienal: – Aquela não é a Luciana Savaget? – Sim é a Luciana, vamos lá conversar com ela, Heitor. Cumprimentamos a Luciana com dois beijinhos – no Rio eles beijam duas vezes, é engraçado – mas ela tinha um compromisso naquela hora e depois eu não a vi mais, nem conversamos, que pena! Vou procurar um livro dela para eu ler e contar aqui no blog. De lá fomos encontrar a Miriam Portela, ela estava lançando um livro chamado Só se você prometer e ia conversar com os alunos das escolas. Tinha um monte de alunos das escolas municipais passeando pela feira e conversando com os escritores e os ilustradores. A Miriam está participando do nosso clube de leitura com o livro Bullying – Vamos sair dessa?. Eu disse para ela que a “EMEF Itaim A” já está programando um debate na escola, pra quando a gente for ler o livro dela para o clube de leitura. Eu ganhei o livro novo da Miriam, já li, gostei e logo vou contar aqui no blog. Depois fomos encontrar o Jorge Miguel Marinho, ele também estava lançando um livro e ia conversar com os alunos. O novo livro dele tem um nome engraçado: A ideia que se esquecia. É uma história bem legal, de uma ideia que vai sendo esquecida. Depois eu vou contar essa historia aqui, também. O Jorge Miguel foi o primeiro escritor de verdade que eu conheci depois que eu comecei a fazer o blog. Ele disse que está gostando muito do meu blog e que tem umas ideias pra me dar. Vou mandar um e-mail para o Jorge, para ele não se esquecer das minhas ideias, ou melhor, das ideias dele.

Conheci outra escritora do Rio de Janeiro, a Ieda de Oliveira, ela conhece o pessoal da Sintaxe e eles conversaram um pouco. Ela me disse que já tinha lido o meu blog, me deu um exemplar de um livro que estava lançando, O leão e o macaco, já li, gostei e vou falar dele no próximo post. Conheci o André Neves, mas nem deu tempo de conversar com ele. Eu sei que ele tem muito livro bacana. Vou procurar algum para eu ler. Encontrei a Rosinha, ela é ilustradora e agora também está escrevendo. A Rosinha é de Recife e até já deixou comentário aqui no blog. Eu já fui a um lançamento dela aqui em São Paulo, nesse dia ela lançou três livros de literatura de cordel e eu contei aqui. A Rosinha me disse que tem mais três livros novos. Essa Rosinha é danada, como diz minha tia, só lança de três em três! Conheci o Jô Oliveira, ele é ilustrador. A Rosinha e o Jô falaram sobre desenhos e ilustração de livros. Eles disseram que desenham desde criança e nunca pararam, e hoje, desenhar é o trabalho deles. Legal, não é? Encontrei a Socorro Acioli, ela é de Fortaleza e falou de um livro dela, escrito em versos de cordel e que tem uma história bem engraçada. O nome do livro é Inventário de Segredos. A história conta os segredos dos habitantes de uma cidade do interior do Ceará. Tem cada segredo! A Socorro também vai participar do nosso clube de leitura com o livro A Bailarina Fantasma.

Conheci o Luiz Antonio Aguiar. Eu já falei de um livro dele aqui e ele até já deixou comentário no blog. Eu vi o Luiz Antonio falando para os alunos de uma escola. Ele disse que adora ser escritor e que para escrever é preciso ler muito. Ele disse que às vezes demora anos para terminar um livro, “o livro fica cozinhando dentro da gente”, e em outras vezes ele sai rapidinho. Encontrei também a Anna Claudia Ramos. Conheci a Anna Claudia na Bienal e encontrei com ela na FLIP. Eu disse pra ela que queria falar de um livro dela no meu blog e pedi para ela me indicar algum. Ela me deu o primeiro livro que ela escreveu, que se chama Pra onde vão os dias que passam?, e fez uma dedicatória muito bonita. Parece ser uma história bem bacana. Vou ler e depois vou contar aqui. O pessoal da Sintaxe me apresentou para a Nilma Lacerda. Eles disseram que ela tem um livro que conta uma história “emocionante”. Eles falaram que eu tenho que ler esse livro e que eu vou gostar. O nome do livro é Pena de Ganso e eles vão me dar de presente. Oba! Também assisti a uma palestra da Nilma. Ela disse que ler e escrever são atividades solitárias. Ela tem razão! Acho que é por isso que eu sempre falo pro meu amigo Lipe ler o livro que eu estou lendo pra gente fazer a nossa roda de conversa.

Conheci o Caio Riter, ele é de Porto Alegre. Eu já falei de um livro dele aqui e ele também já deixou comentário no blog. Ele disse que os personagens dos livros dele sempre têm que ter algum sofrimento e contou como inventa suas histórias. Uma vez ele ouviu uma frase de um aluno “rebelde”, que disse para os pais que o adotaram: “Eu sou assim, porque vocês mudaram a minha história.” Ele gostou tanto dessa frase, que escreveu um livro a partir dela: O rapaz que não era de Liverpool. Ganhei o livro e peguei um autógrafo dele, vou ler e depois vou contar aqui. Encontrei o Marciano Vasques, ele acompanha o meu blog desde o começo, mas eu ainda não o conhecia pessoalmente. Ele estava lançando um livro de versos bem bacana chamado Algazarra das Letras. As letras dos versos do Marciano mudam de lugar e sai cada coisa engraçada. Ele também escreveu um livro sobre a Tatiana Belinky. Ele conhece a Tatiana e vai me apresentar. Oba! Quero muito conversar com ela. Outro que estava lançando um livro de versos é o Almir Correia. Ele é de Curitiba e veio lançar o Enrola bola, língua e vitrola. O Almir também vai participar do nosso clube de leitura. Vamos ler um livro dele chamado O menino com monstros nos dedos. Ele disse que essa história vai virar animação de cinema. Quando a gente for falar desse livro, vou perguntar mais coisas para o Almir.

Então foi isso… Vi mais gente, os ilustradores Maurício Veneza e Ciça Fittipaldi, os escritores Ilan Brenman e Flávia Côrtes, e muito mais, mas não deu tempo de conversar com todo mundo. Fica pra próxima.

Lia Zatz no Clube de Leitura

Hoje é um dia muito importante pra mim e para o meu blog. Vou falar do primeiro livro que lemos no clube de leitura e vamos colocar aqui, tudo o que a escola, o pessoal da Sintaxe e eu já fizemos para organizar o nosso clube. Todos sabem do nosso clube de leitura, não sabem? Pra quem não sabe, o Clube de Leitura do Blog do Le-Heitor foi organizado pela EMEF Itaim A e pelo pessoal da Sintaxe, e tem como “sócios” cento e oitenta alunos, do sexto e do sétimo anos dessa escola. Conseguimos o apoio de três editoras (Editora Biruta, Editora DCL e Editora Noovha América) que doaram para a escola dois títulos e dez exemplares de cada título. No total a escola recebeu sessenta exemplares de livros, que os alunos estão lendo em “sistema de revezamento.” Os livros escolhidos foram: A Bailarina Fantasma, de Socorro Acioli; e O Cachecol, de Lia Zatz, ilustrado por Inácio Zatz; da Editora Biruta. Robinson Crusoe, de Daniel Defoe, recontado por Fernando Nuno e ilustrado por Marcelo Ribeiro; e A Odisseia, de Homero, recontada por Silvana Salerno e ilustrada por Dave Santana e Maurício Paraguassu; da Editora DCL. Bullying – Vamos sair dessa?, de Miriam Portela, ilustrado por Toni D’Agostinho, e O menino com monstros nos dedos, de Almir Correia, ilustrado por Victor Tavares; da Editora Noovha América. Quem quiser saber mais sobre o funcionamento do nosso clube de leitura pode ler em http://blogdoleheitor.sintaxe.com.br/?p=1156.

Hoje vou falar de O Cachecol e vou esperar os comentários dos sócios do nosso clube, os alunos da escola, e quem mais quiser comentar também, é claro. Os alunos vão colocar os comentários durante as aulas. Devem aparecer alguns, ainda hoje e os outros virão nos próximos dias. Depois vamos sortear os brindes, que eu já falei aqui no blog, entre os alunos que comentarem.

O Cachecol

– Viu, Le, gostei desse livro! O que eu achei o maior legal no cachecol foi a avó contar o que aconteceu com elas de um jeito muito diferente da história que a neta contou. Era outra história! Nada a ver.

– É, mesmo, Lipe! Eu também achei maior legal isso. E a avó, tipo tentando adivinhar o que a neta estava sentindo, e a neta tipo achando que a avó estava gostando.

O Lipe é meu amigo, o nome dele é Felipe, ele mora na minha rua e estuda na mesma escola que eu. Ele está no sexto ano e eu estou no sétimo. Nós somos amigos desde criança, antes ele me chamava de Heitor, mas depois que apareceu esse apelido lá na escola, para me zoar, ele começou a me chamar de Le, também, e se acostumou. Eu pedi para o Lipe ler O cachecol pra gente fazer como fizeram os alunos da EMEF Itaim A, que “compartilharam” suas leituras em rodas de conversa. Às vezes eu peço para o Lipe ler os livros que eu leio. No começo ele reclama: – Poxa, Le, já tem tanto livro pra gente ler pra escola, ainda você fica inventando essas coisas. Mas depois de ler, ele gosta e vem correndo, todo animado, querendo fazer a nossa roda de conversa. E depois da conversa, eu sempre descubro muita coisa que eu não tinha percebido, quando li sozinho. E foi o que a gente fez com este livro. Foi muito legal! Agora, depois de ler O cachecol e conversar com o Lipe, eu vou falar um pouco do livro.

O cachecol, escrito por Lia Zatz, ilustrado por Inácio Zatz e publicado pela Editora Biruta faz parte da série de livos ver-a-cidade e conta o mesmo acontecimento em duas histórias. A avó e a neta que moravam em um sítio, mudam para uma cidade grande e essa mudança é contada de dois jeitos: a versão da avó e a versão da neta. O livro tem duas capas, a história da avó fica de um lado e a da neta está na outra capa. A avó começa a história dela assim: “O dia em que eu cheguei na cidade, eu mais minha neta, cruz credo! não gosto nem de lembrar: era tanto carro, tanta construção, tanto barulho, tanta sujeira, tanta gente mal encarada… A menina segurava firme na minha mão, acho que tava morrendo de medo, que nem eu. Se eu pudesse, voltava pro sítio na mesma hora.” E a neta começa sua história desse jeito: “O dia em que eu cheguei na cidade, eu e minha avó, puxa! Eu não sabia nem pra onde olhar: era tanta cor, tanta letra, tanta luz acendendo e apagando, tanta coisa nova, tanta gente bonita… Minha avó virava prum lado, depois pro outro, acho que ela tava boba que nem eu, querendo ver tudo de uma vez. Por mim eu ficava ali só olhando, esquecida da vida.”

A avó vai tricotando um cachecol, observando e descobrindo as coisas da cidade. A neta vai conhecendo pessoas, fazendo amigos e também vai descobrindo a cidade. E o final da história é bem legal! Na roda de conversa que eu fiz com o Lipe, depois de ler o livro, nós ficamos lendo alguns pedaços, vendo as ilustrações e imaginando outros jeitos de contar essa história. Saiu cada coisa engraçada! Estou curioso pra saber como foram as rodas de conversa dos alunos da escola e o que eles acharam do livro.

Lia Zatz é formada em filosofia pela Universidade de Paris e pós-graduada em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Recebeu por duas vezes o Prêmio APCA de melhor autor de literatura infantil, o Prêmio Monteiro Lobato promovido pela Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil (1990), fez parte do White Ravens, Catálogo Oficial da Biblioteca Internacional de Munique e ganhou a Menção no prêmio Espace Enfants (Suíça). Além de O Cachecol, ela publicou pela Editora Biruta, da série ver-a-cidade, os livros Dona Magnólia Roxa – Ser ou Não ser: eis a questão e Tô com Fome . Publicou cinco títulos da série Marrom de Terra: Uana e marrom de terra; Tenka, preta, pretinha; Luanda filha de Iansã; Manu da Noite Enluarada e Papí o construtor de Pipas, e publicou também Era uma vez uma bota, em parceria com Graça Abreu

Inácio Zatz nasceu em São Paulo. Formou-se em Cinema em 1980, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA-USP. Produziu curtas e médias metragens, compôs músicas para cinema e para outros artistas. Foi fundador das Revistas Balão e Boca, de HQ. Premiado várias vezes no Salão de Humor de Piracicaba.

Notícias da minha luta política

Na semana passada eu li no jornal notícias da minha luta política. Na sexta-feira saiu que o juiz concedeu uma liminar suspendendo a venda do quarteirão do meu bairro. O juiz disse que a venda foi “autorizada ilegalmente pela lei municipal” em “flagrante e potencial dano ao patrimônio cultural”. Concordo com esse juiz, só não entendo como a maioria dos vereadores não viu isso quando votou a favor de derrubar a minha biblioteca, um teatro, uma creche, duas escolas, duas unidades de saúde e a Apae para colocar no lugar um prédio de apartamentos. Com essa liminar a minha biblioteca fica protegida, mas por pouco tempo, pois no sábado eu li que o prefeito vai “recorrer sobre a venda do terreno”. Ele disse que “não tem sentido” suspender a venda e o pedido já deve ser apresentado no começo desta semana. A prefeitura não vai desistir da ideia de vender o quarteirão da cultura do meu bairro. Portanto, a nossa luta tem que continuar. Já participei de uma passeata, de uma audiência pública e de algumas reuniões e contei tudo aqui no blog. Vou continuar firme nessa luta, como diz o meu pai, minha primeira luta política.

Saiu na revista

Hoje de manhã o pessoal da Sintaxe me ligou.

– Tá ficando famoso, hem, Heitor!

– Famoso eu?! Por quê?

– Saiu matéria na revista Língua Portuguesa falando do seu blog.

– É mesmo!!!??? Quero ver.

– Vamos mandar a revista pra você. Antes dessa matéria já tinham falado do seu blog a revista Brasil Que Lê, do Galeno Amorim, a Villaggio Panamby, da Luiza Oliva, e também a revista do Conselho Federal de Biblioteconomia, que citou o post que você fez sobre a biblioteca (http://blogdoleheitor.sintaxe.com.br/?p=172), para mostrar a importância do trabalho do bibliotecário. Não é legal?

– Poxa, se é.

– Mas não vai ficar se achando…

– Eu me achando? Sai fora… Mas, pensando bem, é o maior legal ver os outros falando bem da gente. Não é?

– Se liga rapaz.

– Tô ligado!

Ia me esquecendo

Estou tão preocupado com o nosso clube de leitura, que eu ia me esquecendo de contar um passeio que eu fiz na semana passada. O pessoal da Sintaxe me levou numa feira de livros, a FELIT – Feira Literária de São Bernardo do Campo. Essa feira é organizada pela prefeitura de São Bernardo e pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil). Começou no dia 2 de agosto e vai até o dia 14. Vi e conversei com alguns escritores, assisti a umas palestras e ganhei uns livros. Acho que vou mais uma vez nesta semana e depois vou contar tudo aqui.